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“Registre-se” em Humaitá – Exposição “Não vista esta camisa. Denuncie!” destaca os sinais da violência contra a mulher

“Registre-se” em Humaitá – Exposição “Não vista esta camisa. Denuncie!” destaca os sinais da violência contra a mulher

Também foram distribuídas cartilhas com perguntas e respostas sobre a violência contra a mulher, publicação de autoria da desembargadora Graça Figueiredo e dirigida aos jovens.


“Foi a última vez”; “a culpa é sua”; “isso é coisa da sua cabeça”; “você só é o que é hoje por minha causa”; “não conta pra ninguém ou te mato”. As frases, que estão entre os sinais mais comuns da prática da violência contra a mulher, estão camisetas colocadas na exposição “Não vista esta camisa. Denuncie!”, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e promovida no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Tarcila Prado de Negreiros Mendes, em Humaitá, no Sul do Amazonas, durante a realização da Semana Nacional do Registro Civil, o “Registre-se!”, nos dias 15 e 16 deste mês, no município.

Saiba mais sobre o “Registre-se!” em Humaitá clicando AQUI 

Organizada pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça do Amazonas, e que tem à frente a desembargadora Graça Figueiredo, a exposição apresentou camisas brancas, penduradas em uma espécie de varal em um dos principais espaços da escola, cada uma contendo frases que são exemplos que refletem comportamentos abusivos e ameaçadores contra as mulheres.

Representando a coordenadora da Cevid, desembargadora Graça Figueiredo, a servidora e assistente social do TJAM Celi Nunes Cavalcante falou aos presentes, na abertura da ação em Humaitá, e destacou o alerta feito através das camisas, inclusive como ferramenta de conscientização e a importância da denúncia. “Essas camisas não são apenas peças de tecido, elas representam histórias reais vivenciadas por muitas mulheres. Contém frases que carregam dor e sofrimento, marcas que nunca deveriam existir, mas que infelizmente as estatísticas mostram o contrário. É preciso, conscientizar. É preciso prevenir. É preciso denunciar”, afirmou.

Violência psicológica

Segundo Celi Cavalcante, a violência psicológica é ainda mal compreendida pela sociedade, o que dificulta a sua identificação e denúncia. “Frases como ele nunca me bateu mostram que, muitas vezes a violência só é percebida quando há uma agressão física. No entanto, a violência psicológica também deixa marcas profundas e nefastas”, alertou Celi,

Ela reforçou que a omissão contribui para a continuidade da violência. “Não aceitemos discursos que minimizem o sofrimento das mulheres. Se você conhece alguém que vive essa realidade, fale. Se você está passando por isso, peça ajuda. Nenhuma mulher deve carregar esse fardo sozinha”, disse.

Cartilhas

Além da exposição também foram distribuídas cartilhas aos jovens que estavam na escola, durante o Registre-se, contendo perguntas e respostas sobre a violência doméstica e familiar dirigida a adolescentes. A cartilha é de autoria da desembargadora Graça Figueiredo e traz uma linguagem acessível e foi pensada como um instrumento de orientação e conscientização para prevenir e combater a violência contra a mulher desde a adolescência.

A cartilha apresenta, de maneira didática, os principais pontos da Lei Maria da Penha, da Lei Henrique Borel e da Lei do Feminicídio, além de abordar os sinais da violência, os direitos das vítimas e os canais para pedir ajuda.

Outras ações já foram realizadas pelo TJAM, voltadas ao combate à violência contra a mulher, como o projeto “Maria vai à escola”, desenvolvido desde 2012. “Somos o primeiro Tribunal de Justiça do País a desenvolver um projeto específico sobre a violência contra a mulher diretamente no ambiente escolar. Acreditamos que, para mudar a realidade, é preciso começar na base, conversando com as crianças e adolescentes e promovendo a cultura da igualdade e respeito”, acrescentou Celi.

 

 

 

Texto: Acyane do Valle /TJAM
Fotos: Acervo TJAM

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM

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(92) 99316-0660

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