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Estado do Amazonas deve mais de R$ 200 milhões para empresas médicas, afirma Sidney Leite

O deputado estadual, Sidney Leite (PROS), apresentou durante sessão plenária nesta quinta-feira, 28 de setembro, um “raio x” da saúde pública no Amazonas. De acordo com os números levantados pelo parlamentar, o governo está devendo mais de R$ 220 milhões a empresas médicas; 24 empresas estão trabalhando sem contrato e só há medicamentos para atender 31% da rede estadual de saúde, além das filas para exames, consultas e cirurgias eletivas que somam mais de 140 mil pacientes.

O deputado atribuiu o “caos instalado” à má gestão do Sistema de Saúde e à vontade política de resolver questões consideradas urgentes, como o caso do contrato vencido com a empresa Univasc, que prestava atendimento de cirurgia vascular de urgência e emergência e que paralisou os serviços nos hospitais Platão Araújo, 28 de Agosto e João Lúcio (adulto e infantil), recentemente.

“São serviços essenciais para a saúde pública e que não podem ser interrompidos dessa maneira. Atrasar o salário, esperar o contrato vencer e o serviço parar, é chegar num nível inaceitável. A administração pública sabe quando um contrato está prestes a vencer, colocando vidas em risco”, declarou Sidney.

Contratos

De acordo com os dados levantados pelo deputado, a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) mantém contrato com 70 empresas médicas, três de enfermagem e outros dois de serviços diversos. Esses contratos geram um orçamento de R$ 42.547.862,00/mês. Recentemente, 24 empresas ficaram sem contrato, sendo 6 de atendimento médico, 15 de enfermagem e 3 de serviços diversos. As 24 empresas geravam um gasto mensal de R$ 4.265.995,92.

Com a situação irregular de repasse às empresas médicas desde meados de maio deste ano, o estado acumula uma dívida de mais de R$ 220 milhões a essas cooperativas. “A procuradoria Geral do Estado (PGE) teve que participar de quase 1.000 audiências trabalhistas, de trabalhadores da saúde que prestaram serviço para a saúde”, destacou Leite.

Filas

Sidney também abordou a situação das filas no sistema de saúde, conforme os números do Sisreg (sistema de regulação de consultas). A fila para consultas conta com 45.072 pacientes, enquanto que 895.984 pessoas aguardam por exames e 12.210 estão a espera de uma cirurgia. Outra informação apurada pelo parlamentar aponta que a deficiência de insumos e de pessoal, resultou na desativação de 51 leitos no Hospital Adriano Jorge, referência em cirurgias ortopédicas.  

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