Homem fantasiado de Gelado derruba policial durante soltura de MC Poze do Rodo; veja o vídeo

Durante a soltura do MC Poze do Rodo, nessa terça-feira (3), acompanhada por uma multidão de fãs, uma cena curiosa chamou a atenção das redes sociais. Um homem fantasiado do personagem “Gelado”, do filme “Os Incríveis” (2004), foi flagrando derrubando um policial militar.
A cena aconteceu na saída do Complexo Penitenciário Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), no Rio de Janeiro, onde Poze ficou preso por cinco dias. Na multidão, estavam familiares e amigos do MC, como o cantor Oruam. Ele aparece no protesto, sobe em cima de um ônibus e incita os presentes.
Devido ao tumulto, a Polícia Militar teve que intervir com cassetetes, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Em determinado momento, Oruam é autuado por policiais e escoltado entre os manifestantes. É neste momento que o “Gelado” aparece, derruba um dos agentes e foge dançando.
Após o fato, Oruam foi às redes sociais pedir desculpas por subir em cima do coletivo. “Eu não tenho culpa: cheguei lá e todo mundo começou a me gritar. Peço desculpas para todo mundo, não quisemos fazer bagunça, mas chegamos e já virou bagunça. Fui receber meu amigo”, disse.
Veja também
Usuários comentam a aparição do ‘Gelado’
A saída de MC Poze da prisão foi um dos mais comentados dessa terça-feira, mas alguns usuários voltaram a atenção para a aparição do “super-herói” de Bangu.
“Eu daria tudo para saber o quê se passou na mente do cara que hoje acordou e saiu de casa vestido de gelado”, indagou um usuário. “Como explicar para quem estava sem internet nas últimas 24h que o Gelado salvou o Oruam?”, brincou outro.
Já alguns perfis criticaram a presença dos manifestantes. “Como explicar o Brasil? As pessoas vão na porta do presídio protestar porque um cantor de funk foi preso acusado de envolvimento com facção criminosa”, disse um internauta.
Justiça concedeu habeas corpus a MC Poze
A decisão de soltar o funkeiro foi assinada na segunda-feira (2) pelo desembargador Peterson Barroso Simão, que determinou a soltura por não encontrar elementos suficientes para manter a prisão.
“Há indícios que comprometem o procedimento regular da polícia. Pelo pouco que se sabe, o paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”, disse Peterson Barroso Simão na decisão.
No despacho, também foram determinadas algumas medidas cautelares para que o cantor possa responder o processo em liberdade:
- comparecer todo mês à justiça para justificar suas atividades;
- não se ausentar do estado durante a análise do processo;
- permanecer à disposição da justiça;
- proibição para mudar de endereço sem comunicar às autoridades;
- proibição de manter contato com outras pessoas investigadas no processo.